MENINA BONITA DO LAÇO DE FITA
Ana Maria Machado
publicou seu livro Menina bonita do laço de fita no contexto em que a
Literatura Infantil brasileira estava na efervescência de sua criação,
desconstruindo o valor moralizante das obras e valorizando a qualidade estética
dos textos.
Esse livro conta a história de um coelho branco que faz de tudo
para ficar pretinho como a menina do laço de
fita que ele acha linda. O coelho, no entanto, não sabe como ela herdou aquela
cor e tenta descobrir seu segredo de ser tão pretinha. Com a insistência do
coelho sempre perguntando “Menina bonita do laço de fita, qual é teu segredo
pra ser tão pretinha?”, a menina inventava respostas como “Ah, deve ser porque
eu tomei muito café quando era pequena”. Até que a mãe da menina diz que ela
era assim porque tinha uma avó preta. O coelho foi, então, procurar uma coelha
preta para se casar. Encontrou “uma coelha escura como a noite” e juntos
tiveram muitos coelhinhos: brancos, cinzas, malhados de branco e uma bem
pretinha.
Moral: Com um enredo simples, porém
marcante, essa história tem o tema da inclusão do negro e da diversidade e mais
do que isso, de forma interativa, apresenta a valorização do negro. O coelho
que é branco, vê a menina negra com uma beleza ímpar e inigualável, tentando de
certa forma apagar sua identidade em detrimento da outra. Não se pretende
discutir aqui as complexas questões identitárias, entretanto, é possível
observar nessa obra que o preconceito racial não existe, compreendendo que a Literatura – e aqui incluída a Literatura
Infantil - tem um papel fundamental na formação do homem .
Dei de presente a minha filha o livro "Menina Bonita do Laço de Fita", quando a sua irmãzinha nasceu, pois elas eram muito diferentes fisicamente. A mais velha parece comigo, a mais nova nasceu a cara do pai(loura com os olhos azuis). No início precisei trabalhar com ela a questão das diferenças, já que as pessoas ressaltavam tanto a diferença entre as duas, e já estavam conseguindo deixa-la com a estima baixa. Esse livro me ajudou muito! Hoje ela simplesmente reconhece que todos somos pessoas diferentes, cada um com a sua beleza, mas que todos devem ser respeitados. E a sua auto-estima é elevadíssima.
ResponderEliminarAmei a sua atitude Dani, temos que trabalhar logo cedo com as nossas crianças e mostrar que elas são diferentes mais tem a mesma importância para nós, que amamos as duas do mesmo jeitinho, e que para Deus não importa a cor dos olhos, nem da pele, o que importa é o amor que tem em seus coraçãozinhos. Um beijo em suas diferentes porém iguais.
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