sexta-feira, 1 de março de 2013

MENINA BONITA DO LAÇO DE FITA


MENINA BONITA DO LAÇO DE FITA

  Ana Maria Machado publicou seu livro Menina bonita do laço de fita no contexto em que a Literatura Infantil brasileira estava na efervescência de sua criação, desconstruindo o valor moralizante das obras e valorizando a qualidade estética dos textos. 
  Esse livro conta a história de um coelho branco que faz de tudo para ficar pretinho como a menina do laço de fita que ele acha linda. O coelho, no entanto, não sabe como ela herdou aquela cor e tenta descobrir seu segredo de ser tão pretinha. Com a insistência do coelho sempre perguntando “Menina bonita do laço de fita, qual é teu segredo pra ser tão pretinha?”, a menina inventava respostas como “Ah, deve ser porque eu tomei muito café quando era pequena”. Até que a mãe da menina diz que ela era assim porque tinha uma avó preta. O coelho foi, então, procurar uma coelha preta para se casar. Encontrou “uma coelha escura como a noite” e juntos tiveram muitos coelhinhos: brancos, cinzas, malhados de branco e uma bem pretinha.


Moral: Com um enredo simples, porém marcante, essa história tem o tema da inclusão do negro e da diversidade e mais do que isso, de forma interativa, apresenta a valorização do negro. O coelho que é branco, vê a menina negra com uma beleza ímpar e inigualável, tentando de certa forma apagar sua identidade em detrimento da outra. Não se pretende discutir aqui as complexas questões identitárias, entretanto, é possível observar nessa obra que o preconceito racial não existe, compreendendo que a Literatura – e aqui incluída a Literatura Infantil - tem um papel fundamental na formação do homem .



2 comentários:

  1. Dei de presente a minha filha o livro "Menina Bonita do Laço de Fita", quando a sua irmãzinha nasceu, pois elas eram muito diferentes fisicamente. A mais velha parece comigo, a mais nova nasceu a cara do pai(loura com os olhos azuis). No início precisei trabalhar com ela a questão das diferenças, já que as pessoas ressaltavam tanto a diferença entre as duas, e já estavam conseguindo deixa-la com a estima baixa. Esse livro me ajudou muito! Hoje ela simplesmente reconhece que todos somos pessoas diferentes, cada um com a sua beleza, mas que todos devem ser respeitados. E a sua auto-estima é elevadíssima.

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  2. Amei a sua atitude Dani, temos que trabalhar logo cedo com as nossas crianças e mostrar que elas são diferentes mais tem a mesma importância para nós, que amamos as duas do mesmo jeitinho, e que para Deus não importa a cor dos olhos, nem da pele, o que importa é o amor que tem em seus coraçãozinhos. Um beijo em suas diferentes porém iguais.

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